terça-feira, 24 de junho de 2008

topografiadeumsuicida

O relevo de um suicida se junta ao mundo, na maior parte das horas acordadas da vida, pelo que igualmente se chama pé aos outros, porém, nele é uma estrutura que não prescinde do céu, de ar, de açúcar, de qualquer grau um pouco alcoólico, transferidores de peso equilibristas - que não fazem andar, porque não podem voar... O caminho mais curto e verticalmente aceito aponta cálcio e albuminas desistentes que não encontraram como estar cansaço no tom de alma, porque não vêem os ratos como os gatos em posição de finalização. A pontuação desse corpo não é uma primeira vírgula cartilaginosa, entremeio de um sistema elástico que não potenciona a parte traseira pra quem vê de frente, é antes um farol que serve de olho, de veludo do espreguiçar, que consciente que pudesse ser orientaria esteticamente a possível dança não usada da vida. Mais carne trêmula até as bacias simplesmente não encontra lugar nas planícies desse ser nostálgico, os fortes pistões dos seres terrestres, aqui, eternamente parados, ressentem apenas não encontrar lugar nos museus da porcamente construída memória coletiva dos nomes de ruas, como as belas locomotivas dos séculos passado e retrasado lustrando os índices de desenvolvimento do acontecido. As bacias hidráulicas: centro de tudo, a vida da água do estar aqui do ser humano... É muito mais sensação e menos entendimento. Aqui, os trilhos nervosos, origem do líquido da vida, não dobram mortificados, num suicida eles sempre estão alinhados com o universo. Todo o caráter dos pêlos, oh! selva rarefeita do arrepio, estão em distinção por querer o mais, o mais do vício, do dia-a-dia do vício, o mais! Que prazer que te levante, pêlo? E a boca? Não, a boca é uma boca. Pode ser falante ou diética, não importa - a boca! Não? Fala-se muito e depois, pois que se transformamos, sou outro e tu e ele somos o mar! Cheiros de terra... Sim que há, cheiros nos vales, picos roxos e sombrios de tortuoso decline... Se há, tem é que procurá-los com cautela, coitado de quem desapercebe. O suicida olha através e olha de foco, retrai a retina na medida que a droga deixa, espalha... Corpo é tenso e mole depois, é dialético, é desistente... O suicida é desistente, o outro já é pó.

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